A mama é o maior símbolo estético da feminilidade.
Um órgão que, muito além de seu papel funcional como glândula para a produção de leite, exerce um papel sexual, emocional, estético e filosófico fundamental para a mulher.
A ausência de mama representa uma grave condição para a integridade física e psicológica da paciente, e pode significar a mutilação de um membro físico do corpo, bem como o aniquilamento de conteúdo íntimo do afeto.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, e o segundo mais frequente no mundo. O tratamento do câncer de mama consiste em cirurgia de retirada completa ou parcial da mama, associada a outros tratamentos, de acordo com cada caso (quimioterapia, radioterapia, medicamentos, cirurgia dos linfonodos da axila).
A cirurgia plástica tem papel fundamental nos casos de ressecção cirúrgica das mamas (mastectomias), porque é a especialidade responsável pela reconstrução mamária. O objetivo da cirurgia de reconstrução da mama é a reparação do defeito resultante da mastectomia, recriando um novo órgão, e muitas vezes resgatando a auto-estima da mulher.
Todas as pacientes mastectomizadas têm o direito e são candidatas potenciais à cirurgia de reconstrução de mama, a não ser que haja contra-indicações do ponto de vista oncológico ou clínico.
A reconstrução deve idealmente ser realizada no mesmo ato cirúrgico da mastectomia, com exceção dos casos em que existe contra-indicação, nos quais a reconstrução pode ser adiada para um momento oportuno. Logo, o tratamento do câncer de mama envolve equipe multidisciplinar, e o ato operatório deve ser compartilhado entre o cirurgião plástico e o mastologista, sendo este responsável pela ressecção do tumor e aquele responsável pela reparação da mama.
Por isso, mesmo que tardiamente, todas as mulheres devem ser consultadas pelo cirurgião plástico para discutirem sobre seu desejo e sobre as possibilidades de reconstrução.
Há diversas táticas e técnicas de reconstrução de mama, que podem envolver o uso de tecido do próprio corpo da mulher (como o abdome ou as costas) ou materiais sintéticos (como próteses de silicone e expansores de tecido). Cada caso em particular pode apresentar uma determinada modalidade melhor indicada de reconstrução, e isso depende de inúmeros fatores.
Vários aspectos devem ser analisados, como condições locais (radioterapia, tamanho da mama, quantidade de pele ressecada, mastectomia radical ou conservadora, entre outros), condições clínicas e sistêmicas (como existência de comorbidades, obesidade, tabagismo etc), e possibilidade de tecido doador (abdome potencialmente doador de tecido, mamas doadoras para reconstrução em cirurgias conservadoras, e outros).
Ou seja, a melhor opção deve ser escolhida após uma avaliação clínica completa e discussão em conjunto com cirurgião e paciente, respeitando as eventuais limitações de cada técnica.
Portanto, por se tratar de procedimento especializado, complexo e que envolve diversas nuances e possibilidades técnicas, um cirurgião plástico especialista em reconstrução de mama é o profissional melhor indicado para tal tarefa. Neste quesito, o treinamento adequado e a experiência são pontos favoráveis para o melhor resultado e satisfação da paciente.